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domingo, 11 de dezembro de 2011

Chá com bolachas


A madeira da cadeira que caiu
estava marrom demais pra perceber
                       [sua apatia
perante as mesas postas no fim
                       [da tarde de tudo

A madeira que caiu da cadeira
marrom demais não percebeu
a apatia das mesas postas no fim
                           [da tarde de tudo


O que caiu da madeira da cadeira
                             [marrom 
estava demais para perceber 
a apatia das mesas que puseram fim 
                             [de tudo na tarde

A madeira que caiu,
A cadeira que caiu,
Estavam todos marrons demais 
perante as mesas opostas 
pra perceber qualquer apatia
do fim de todos os fins de tarde.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Um espião,
Em sua espreguiçadeira,
Com seu espinhel,
Espera esplendor.
Rebusca, busca.

Estranho,
Estático,
Escasso.

- Esplendor? Está aí?
A esmo... 
- Alô?
Aqui é o especialista em esplendores.
- Escuta, quais são suas estatísticas?
- Estonteantes.

Com esforço, lembrou-se da fala d’um amigo:
- Bom, “estima-se que um especialista dessa estirpe deve ser parecido
com um esterco.”
- Tu, tu, tu.

Respira...

Desiste-se de esplendores.